
Aline T.K.M.
14/10/2013
Ter vários primeiros amores ao longo da vida..., seria bonito de se ver, não?
Um livro extremamente sensível. E delicado. E cheio de poesia. Um livro para quem ama os livros e admira a arte de escrever.

Ter vários primeiros amores ao longo da vida..., seria bonito de se ver, não?
Um livro extremamente sensível. E delicado. E cheio de poesia. Um livro para quem ama os livros e admira a arte de escrever.
Através do olhar de um escritor adulto conhecemos Marco César, um adolescente com jeito de assustado, até agressivo, cuja vida é um espetáculo no qual ele nunca está no palco, mas apenas o assiste lá da primeira fila. Até que ele conhece duas Clarices: uma é a garota da escola; a outra é a Lispector, a escritora.
Primeiro ele conhece Clarice, a garota da escola. Na realidade, apenas ouve sua voz; depois, a vê de relance. Leva um tempo até que ele veja seu rosto, tempo suficiente para nascer nele um amor tão belo e tão intenso como é o primeiro amor na adolescência. Marco vai saboreando cada nova descoberta; não é apressadinho e não pretende pular etapas. Ao contrário, ele adia cada passo e adia também o primeiro beijo, mas nem por isso deixa de devanear acerca do esperado momento.
E com a Clarice da escola, Marco passa a conhecer as palavras certeiras de Clarice Lispector. A garota Clarice é leitora voraz da Clarice escritora; já Marco encontra em suas histórias uma identificação singular, a busca por algo, ou quem sabe apenas uma forma de preencher certas lacunas.
Contudo, como diz o título, este é um livro que pede perdão. O narrador relata os acontecimentos e um crime cometido que nós, leitores, devemos julgar. Ao mesmo tempo, esse mesmo narrador (o escritor amigo de Marco) descreve com tamanha poesia o desabrochar do adolescente e a descoberta do amor, que vem acompanhado de suas alegrias, ansiedades e dissabores – ah, sim, estes também estão inclusos no pacote.
Lis no Peito são duas vozes em uma; a do narrador – que, por sua vez, também é a voz de Marco César, de certa forma –, e a de Clarice Lispector. Quase como se a escritora vagasse pelas páginas, encontramos nelas trechos de seus escritos; uma presença forte e indispensável para o desenvolvimento da trama, bem como para o amadurecimento dos personagens.
Clarice está ali, e tudo fica mais profundo, febril até. E melancolicamente mais belo.
LEIA PORQUE...
A narrativa é plástica, as frases são bonitas, simples e cheias de sentimento. E cada capítulo recebe como título um pequeno fragmento escrito por Clarice Lispector. Tem como não amar um livro assim?
DA EXPERIÊNCIA...
Sem um início e fim engessados, o livro colocou em minha mente uma imensidão de possibilidades. O caráter introspectivo do todo foi um motivo a mais para ter gostado tanto da leitura. Ah, outra coisa... o projeto gráfico é caprichadíssimo – dá vontade de ficar virando e revirando as páginas, olhando as cores, as aberturas dos capítulos...
FEZ PENSAR EM...
Se todos os amores fossem doces como o primeiro... Ou se nos fosse permitido ter vários primeiros amores ao longo da vida. Ainda que viessem as decepções, seria bonito de se ver, não?
site: http://livrolab.blogspot.com

Clarisse13/05/2013
Lis no peito – Jorge Miguel Marinho
Decepcionante...
Sinceramente, achei a história muito mal contada.
Não estou dizendo que o autor não soube escrever a história. Só a achei muito vaga.
Jorge Miguel Marinho sabe descrever bem as coisas que acontecem, mas eu achei que poderia ter tido mais diálogos entre os personagens. É muita narração o que deixa a leitura cansativa e até mesmo chata. Marco César e Clarice deveriam ter tido mais conversas entre si.
Sem
contar que tudo acontece muito rápido.
A narrativa é em 3ª pessoa, e esse foi um ponto que eu não gostei no livro. Queria que fosse o Marco César ou a Clarice contando a história deles. Não eu queria só o Marco César.
Marco César, não gostei dele, ele é um daqueles personagens estranhos com hábitos estranhos. A Clarice não tem o que falar dela.
Na capa do livro tem uma frase que é a seguinte:
“Um livro que pede perdão”
O.K, o Marco César fez uma coisa cruel, mas achei que o autor exagerou nesse crime dele.
Quando li a sinopse do livro, achei que seria um lindo romance, mas acabei encontrando uma história sem sal e enjoativa de se ler.
O livro não tem nada demais. Não tem ação, nem emoção, nem uma reviravolta, nadica de nada.
As citações são boas, o autor descreve tudo muito bem, mas eu não gostei da história, achei muito fraquinha, acho que é porque estou acostumada com livros mais fortes.
Eu gostei da ideia de cada capítulo ter uma frase da Clarice Lispector, que tem um papel muito importante na história.
Uma coisa que esse livro me despertou foi curiosidade para ler algo da Clarice Lispector, fora isso mais nada.
O título é perfeito, a capa também, mas o livro não.
By: Alaska

jennylee05/03/2013
Surpresa!
Na minha opinião, eu acho que este livro era um pouco differente do que os outros livros que eu já li, porque a formatura do livro era bem raro e também por causa da história. No começo, pensei que a história era um pouco estranho por causa do jeito que o autor decidiu escrever, mas a continuação do livro e a história era bem interessante e inesperada. Se você quer saber mais sobre dele, leia o livro, pôxa!
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